O novo secretário do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, John Kelly, afirmou nesta terça-feira (7) que os consulados e embaixadas do país podem passar a exigir as senhas do Facebook e de outras redes sociais das pessoas que solicitarem o visto estadunidense.
O objetivo da medida, segundo o secretário, é de reforçar o controle sobre os visitantes e negar a concessão do visto para quem, através das atitudes nas redes sociais, represente uma ameaça à segurança do país. Além das senhas das redes sociais, os funcionários do governo ainda podem pedir o histórico de navegação na internet.
A exigência da senha deve passar a ser implementada primeiramente nos sete países de maioria muçulmana que o novo governo insiste em classificar seus cidadãos como perigosos. São eles: Irã, Síria, Líbia, Iraque, Somália, Sudão e Iêmen.
“Se eles não quiserem cooperar, então que não venham para cá”, disse o secretário. Até agora, a ideia não foi posta em prática. “Essas são as coisas que estamos tramitando. Mas do lado de lá nós podemos pedir esse tipo de informação e se eles realmente quiserem vir para a América (sic), então eles vão cooperar. Se não, próximo da fila”.
Kelly, que estava na campanha de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, foi nomeado no último dia 20 e será o principal responsável pela construção do muro na fronteira do país com o México.
Os sete países muçulmanos entraram na lista de nacionalidades banidas de imigrar ou se refugiar nos Estados Unidos em um decreto assinado por Trump no dia 27 de janeiro. O decreto está suspenso temporariamente por ordem jurídica.