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FÉRIAS FRUSTRADAS: Luis quer compensação pelo frio no avião

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Por Fabrício Brasiliense (Edição)
Atualizado em 2 jul 2019, 19h07 - Publicado em 2 jul 2013, 17h20

Sou um passageiro frequente da American Airlines e estou acostumado a ocupar a fileira da saída de emergência. Foi assim também em uma viagem em março deste ano, entre Los Angeles e Miami. A novidade é que quase morri congelado no assento 18A. Pedi ao comissário para trocar de lugar, mas o voo estava cheio. Ele disse que em alguns aviões o frio é maior devido ao desgaste da borracha de vedação da porta. Mesmo com cobertores a mais, o frio não passou. Cheguei a Miami com uma brutal sinusite e dor de cabeça. Há alguma compensação? — Luis Raymundo, Rio de Janeiro, RJ

A VT entrou em contato com a American Airlines, que comunicou: “Lamentamos que a impressão causada pelos serviços não tenha correspondido ao padrão da companhia, mas esclarecemos que a vedação das portas segue rígidos padrões de segurança”. Para Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o gasto das borrachas de fato não afeta a segurança do voo. “As portas são fechadas hermeticamente, como uma panela de pressão.” Muitos passageiros têm a convicção de que os assentos na saída de emergência são melhores por serem mais espaçosos, mas há inconvenientes. “Em caso de emergência, os passageiros ali sentados são convocados a trabalhar sem possuir nenhum treinamento, a área realmente é mais fria, e algumas poltronas não reclinam”, diz Camacho. Para se prevenir de situações semelhantes, o site Seat Guru (seatguru.com) pode ser um aliado. A ferramenta colaborativa indica os melhores e os piores assentos em 736 aviões de 92 companhias aéreas. No caso do Boeing 757 em que voou nosso leitor, o assento 18A foi classificado como bastante frio, não apropriado para voos longos, muito embora haja espaço extra para as pernas e a reclinação da poltrona seja normal. Segundo advogados consultados pela VT, o leitor poderia ajuizar uma ação por danos morais contra a empresa.

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