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Miniguia de Santiago

Estou viajando para o Chile em junho, e vou passar 15 dias. Queria dicas de Santiago e destinos para ir depois.  Luciano Freire Em junho ainda não é garantido que tenha neve para ir às estações de esqui. E não é a melhor época para a Patagônia também. Então eu sugiro Santiago com bate-voltas e esticar […]

Por Betina Neves
9 abr 2014, 00h23

Estou viajando para o Chile em junho, e vou passar 15 dias. Queria dicas de Santiago e destinos para ir depois.  Luciano Freire

Em junho ainda não é garantido que tenha neve para ir às estações de esqui. E não é a melhor época para a Patagônia também. Então eu sugiro Santiago com bate-voltas e esticar para o Deserto do Atacama ou Ilha de Páscoa.

Comecemos com um pequeno guia de Santigo, já que você tem bastante tempo e vai conseguir aproveitar bem a cidade.

QUE DINHEIRO LEVAR?

Desde que aumentaram o IOF de cartões de débito e pré-pagos, não há mais fórmula secreta para se livrar dos 6,38% além de usar dinheiro em espécie. Leve reais e troque nas casas de câmbio de Santiago, como da rede Afex; normalmente dá pra conseguir boas cotações.

ONDE FICAR?

Em Bellavista (jovem e boêmio, perto do centro), Providencia, Vitacura ou Las Condes (mais chique).

O QUE FAZER? Aí vai um resuminho das regiões da cidade.

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BitBoy Flickr

Catedral/ Foto: BitBoy Flickr

 

CENTRO  O melhor dia para ir é domingo, quando o barulhento comércio local dorme e o Parque Florestal está cheio de gente tomando sol e crianças correndo. Lá está o Palacio de La Moneda, o palácio presidencial, onde fazem a troca da guarda (veja dias e horários aqui). Veja também a catedral, na Plaza de Armas, a bonita construção que abriga o Museu Bellas Artes, de 1910, e o Mercado Central, onde banquinhas vendem peixes e frutos do mar ainda agonizando e vendedores querem te convencer a todo custo a almoçar. Eu pularia os restaurantes mais turisticões da parte da frente do mercado e iria aos mais simples, nos fundos, onde não tiver ninguém com cara de gringo. Coma sopa de mariscos ou a centolla, aquele caranguejo gigante.

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Bitboy Flickr

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LASTARRIA  A andança pelo centro acaba culminando em Lastarria, cujo coração é o discreto Cerro Santa Lúcia, um belo parque com mirante. Dizem que ele não fica mais aberto à noite por causa dos casais, digamos, não tão discretos assim. O bairro em volta passou por uma metamorfose cultural nas últimas décadas e está um graça. Ali fica o Museo de Artes Visuales, com  tem seis andares e 1 400 obras de pintura, escultura, videoinstalações e fotografia. Entre as ruas Merced e Jose Victorino Lastarria há uma porção de butiques e cafés com mesinhas da calçada. Seguindo pela rua Lastarria chega-se ao novo Centro Cultural Gabriela Mistral, num prédio onde já funcionou a junta militar do regime de Pinochet. Com 22 mil metros quadrados, guarda lojas, salas para exposições, concertos, peças, shows e tem um café bem agradável.

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ONDE COMER E BEBER

Diván, patio y café (Lastarria 202) – café fofo com lojinha de acessórios na frente.

Emporio La Rosa – depois de ter o sorvete incluído na lista dos melhores do mundo no site The Daily Meal, sempre tem fila na frente.

Bocanáriz – melhor bar da cidade para tomar vinhos chilenos por preços honestos.

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Centro Gabriela Mistral/ Foto: Cris Capuano

Centro Gabriela Mistral/ Foto: Cris Capuano

Divulgação
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Bar em Bellavista/ Foto: Divulgação

 

BELLAVISTA  Atravessando a ponte desde o centro, é a região cult/boêmia da cidade, com mais potencial para a boemia do que para cultura na minha opinião. Ali fica uma das casas do Neruda, a La Chascona – precisa reservar pra visitar, fique de olho no site. Veja feira da rua Pio Nono (em frente a Faculdade de Direito da Universidade do Chile), o Patio Bellavista, cheio de restaurantes animadinhos e turistas, e escolha um dos bares das ruas Dardignac ou Constituición. Seguindo a rua Pio Nono até o final você chega ao local onde pega-se o funicular para subir ao Cerro San Cristóbal, um parque com mirante para ver a cidade enquadrada pela Cordilheira dos Andes.

Alto do Cerro San Critóbal/ Foto: Divulgação

Alto do Cerro San Cristóbal/ Foto: Divulgação

 

PROVIDENCIA  Bairro comercialzão; muitos hotéis e restaurantes estão aqui. Vale a pena para ir ao novo shopping Costanera Center e ao lindo Parque de las Esculturas, que tem cerca de 30 obras de artistas contemporâneos chilenos.

ONDE COMER

La Fuente Alemana – um clássico para sanduíches.

Aquí está Coco – frutos do mar!

 

LAS CONDES  Concentra hotelões como o Ritz-Carlton, o Intercontinetal e o W, marca mega cool da rede Starwood. Se não for ficar hospedado, dê uma passada para bebericar com a elite santiaguina no bar Whisky Blue ou tomar um brunch na Coquinaria, que além de restaurante é um empório que tem produtos como as geleias deliciosas da francesa Fauchon. No mesmo prédio também tem uma loja da rede Mondo del Vino. E por favor passe reto pelas redes americanas se fingindo ali de bons restaurantes, como o Ruby Tuesday.

Avenida Alonso de Córdoba/ Foto: Juan Ernesto, divulgação

Avenida Alonso de Córdoba/ Foto: Juan Ernesto, divulgação

 

VITACURA  Zona mais endinheirada da cidade, e onde estão os melhores restaurantes do momento. Tem uma profusão de galerias de arte, que ficam pertinho uma da outra, concentrando-se na rua Avenida Nueva Costanera. Se for pra escolher só uma, vá na Animal, que dá um bom panorama da cena contemporânea chilena e tem algumas obras de Picasso e Miró. O ótimo Museo de la Moda também fica por ali, mas está fechado temporariamente. Depois, espie as lojas de móveis, decoração e design, como a Sur Diseño, na esquina com a chiquetosa avenida Alonso de Córdoba. O Parque do Bicentenário, também ali, é o mais gostoso da cidade, com flamingos, laguinho, gramadão com espreguiçadeiras e o restaurante Mestizo.

ONDE COMER

Osadía – moderno, tem um bom e acessível bufê no almoço.

Kook – bistrô com jardim.

Boragó – melhor da cidade, tem menu degustação acompanhado de vinho ou sucos que faz uma verdadeira imersão nos ingredientes do país. O chef, Rodolfo Guzmán, vai à mesa fazer comentários como “colhemos essa folha aí numa praia à 200 quilômetros daqui hoje de manhã”. O jantar sai cerca de US$ 90 e eu garanto que a experiência é incrível.

 

Divulgação

Divulgação

 

BAIRRO BRASIL  Região  histórica, tem ainda alguns bares. O mais legal ali é o Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, aberto em 2010 e hoje um dos mais interessantes da cidade. Em murais, vídeos e documentos ele destrincha o histórico do golpe e dos anos que se sucederam,quando mais de três mil pessoas foram mortas e cerca de 30 mil foram presas e torturadas, além dos milhares de exilados.

 

BAIRRO ITÁLIA  Para quem gosta de escarafunchar lojinhas. Veja no site o mapa do lugar; a maior parte do que interessa fica na Avenida Itália com a Santa Isabel.

 

 

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