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Moedas da Fontana de Trevi continuarão indo para caridade

A prefeita queria que o dinheiro fosse investido em infraestrutura para a cidade, mas voltou atrás

Por Giovana Christ
Atualizado em 17 jan 2019, 20h43 - Publicado em 17 jan 2019, 20h29

Aquela moedinha que milhares de turistas jogam na Fontana di Trevi diariamente foi motivo de uma disputa encabeçada pela prefeita de Roma, Virginia Raggi. A parlamentar gostaria de ver os cerca de 1,5 milhões de euros arrecadados anualmente investidos na manutenção de pontos turísticos, mas Raggi acaba de perder a queda de braço para a Igreja Católica e o dinheiro continuará indo para onde sempre foi, para a Caritas, uma rede de organizações humanitárias que realiza projetos sociais destinados aos mais pobres.

A medida, se aprovada, funcionaria a partir de 1º de abril e mudaria a decisão tomada pelo antigo prefeito da cidade romana, Walter Veltroni, em 2001, quando destinou as moedas da fonte para a Caritas. Um artigo publicado pela Igreja na imprensa sensibilizou os romanos, que passaram a protestar nas redes sociais contra a mudança proposta pela prefeita. 

O dinheiro da fonte representa cerca de 15% do orçamento da Caritas e a mudança traria um grande impacto para a rede de organizações. A maior parte do “dízimo” arremessado pelos turistas é destinado à criação abrigos, refeitórios sociais e supermercados com descontos para os pobres.

A cidade possui mais de 10 mil desabrigados e uma infraestrutura deficitária, o que tem sido motivo de crítica à prefeita, com polêmicas envolvendo recolhimento de lixo e estradas esburacadas.

A decisão da manutenção da doação para a rede católica proporcionou, ainda, ampliação do orçamento da Caritas. Agora, também a entidade também receberá moedas recolhidas em outras fontes que são pontos turísticos importantes da cidade.

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