Qual é o futuro da aviação comercial? Anos atrás a europeia Airbus deu o primeiro passo apostando no gigantismo de seu A380. Operado por companhias como Emirates, Lufthansa e Air France, o avião de dois andares transporta mais de 500 passageiros. É tão grande que poucos aeroportos brasileiros têm condições de recebê-lo. Agora veio a resposta da americana Boeing. Com maior eficiência energética e novos conceitos tecnológicos, o novíssimo 787 foi batizado de Dreamliner, o avião dos sonhos de qualquer passageiro – pelo menos é isso que esperam seus engenheiros.
As novidades começam do lado externo, com a utilização de materiais inovadores. Feita com materiais compostos, como plástico reforçado com fibra de carbono, a aeronave é mais leve que outras de mesmo porte e, de quebra, consome menos combustível. Os novos motores também foram pensados em diminuir o ruído, tanto para o passageiro como para quem está do lado de fora.
Do lado de dentro, o avião pode transportar de 230 a 300 passageiros, de acordo com a configuração dos assentos. Os bagageiros de mão agora estão um terço maiores e as janelinhas foram aposentadas. Com tamanho 30% maior, elas agora escurecem graças a um sistema eletrônico, dispensando o uso de cortinas. A vida a bordo também deve melhorar com o renovado sistema de ventilação e pressurização do ar, desenhado para diminuir o odor dos alimentos e as irritações nos olhos dos passageiros. Iluminação e novo design dos banheiros também trazem soluções curiosas.
A companhia aérea japonesa All Nipon Airways (ANA) foi a primeira a estrear o Boeing 787, operando voos domésticos e internacionais, como as rotas Tóquio Haneda – Franfurt e Tóquio-Haneda – Pequim. LAN, Avianca e Air Canada são algumas das outras companhias aéreas com pedidos na fila de espera.