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Qual a melhor forma de levar dinheiro ao exterior?

Não existe mais fórmula certa para levar dinheiro ao exterior: depende do destino, dos gastos previstos, das taxas do seu banco para cartão de crédito...

Por Da Redação
Atualizado em 28 fev 2018, 18h12 - Publicado em 9 abr 2014, 15h52

O Luciano, que mandou a pergunta sobre o Chile (veja aqui o Miniguia de Santiago), também tinha dúvidas em relação a como levar dinheiro para o exterior.

Ele e todos nós. Desde 27 de dezembro de 2013 que está mais difícil se planejar nesse sentido: foi quando, assim como foi feito com os cartões de crédito em 2011, o Ministério da Fazenda aumentou o imposto sobre operações financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% em compras ou saques no exterior com cartão de débito ou cargas de cartões pré-pagos. Agora, apenas a compra de moeda em espécie permanece com o IOF de 0,38%.

Por isso, não existe mais fórmula certa para levar dinheiro ao exterior: depende do destino, dos gastos previstos, das taxas do seu banco para cartão de crédito, da flutuação da cotação, entre outros mil fatores. Nas minhas últimas pesquisas eu tenho achado que o melhor é combinar dinheiro em espécie + cartão pré-pago (se seu orçamento for mais apertado e você quiser mantê-lo controlado) ou dinheiro em espécie + cartão de crédito (se você pode gastar mais e, principalmente, se vai fazer muitas compras). 

Aqui vão os prós e contras de cada opção:

Cartão pré-pago

Prós  Antecipa a cotação da moeda que será utilizada, o que evita sustos – diferente do cartão de crédito, que você só vai saber a cotação no fechamento da fatura. Além de ser mais seguro que dinheiro vivo, a concorrência entre casas de câmbio ajuda a negociar as melhores taxas, e algumas bandeiras, como a Amex, dona do Global Travel Card, estão tentando ampliar os benefícios do cartão dando descontos em lojas e oferecendo seguro de viagem. Também pode ser utilizado para saques, é amplamente aceito e pode levar mais de uma moeda em um mesmo cartão, o que evita múltiplas conversões.

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Contras  O IOF de 6,38% e as taxas de recarga, que podem variar e muitas vezes são maiores depois da primeira recarga. Em alguns países (tipo os Estados Unidos) os cartões passam sem precisar de senha, só assinatura, o que dá menos segurança. É claro que se você perder o cartão pode rapidamente bloqueá-lo pelo site ou pelo telefone, mas enquanto você não percebeu que perdeu alguém pode usá-lo, e normalmente não há reembolso nesses casos.

Cartão de crédito

Prós  Oferece maior segurança contra fraudes e é útil em emergências. Também pode ser vantajoso concentrar as despesas nele para acumular milhas.

Contras  IOF de 6,38%; a facilidade de extrapolar o orçamento (e atingir o limite); o valor final incerto, dependendo da cotação do dia de fechamento da fatura. Nesse valor costuma ainda ser adicionada uma margem de lucro do banco, que varia em cada instituição.

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Cartão de débito

Prós  É prático e seguro. Tanto para sacar dinheiro em caixas eletrônicos ou usar na função débito, o dinheiro sai direto da sua conta.

Contras  IOF de 6,38%. Existem também tarifas para saque que variam em cada caixa eletrônico e em cada banco; também pode haver dificuldades em habilitar a função saque e acontecer de o cartão não ser aceito em certos estabelecimentos. Às vezes, falhas no sistema registram compras na função crédito.

Moeda em espécie

Prós  Tem cotação fixa e é prático para despesas pequenas. É também o método mais aceito, e o único com o IOF de apenas 0,38%.

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Contras  A falta de segurança – é a única opção que não oferece nenhum plano B em caso de perda ou roubo. E convenhamos que levar todo dinheiro que você vai gastar durante a viagem assim é quase impraticável, a não ser que seja uma viagem bem curta. Também há necessidade de declarar saída de quantias acima de R$ 10 000 (ou seu equivalente em moeda estrangeira), e de comprar diversas moedas em viagens entre países diferentes.

DICA: Para encontrar a casa de câmbio mais “barata”, veja o Ranking do VET, do Banco Central.

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