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Como é a visita ao Santuário de Fátima, em Portugal

A pouco mais de uma hora de Lisboa, a cidade de Fátima costuma encher de devotos nos dias 12 e 13 entre os meses de maio a outubro

Por Fabrício Brasiliense
Atualizado em 13 Maio 2020, 17h56 - Publicado em 15 fev 2017, 15h05
Vista de dentro dos corredores externos da Basílica de Fátima, com a torre do relógio do prédio centralizada
Basílica e santuário de Nossa Senhora de Fátima (Walter Bibikow/Getty Images/)
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Era o dia 13 de maio de 1917 quando três crianças – Lúcia e os irmãos Jacinta e Francisco – disseram ter recebido pela primeira vez a visita de Nossa Senhora em um lugar conhecido como Cova de Iria, 127 quilômetros ao norte de Lisboa.

Ao longo daquele ano, foram seis aparições. Na última, em 13 de outubro, com o anúncio de que ocorreria um milagre, uma multidão se juntou querendo ver para crer.

Um professor da Universidade de Coimbra relatou: “A chuva parou, o céu se abriu, e o sol pareceu soltar-se do firmamento girando sobre si num rodopio louco”.

As três crianças, que ficaram conhecidas como pastorinhos, disseram ter visto naquela ocasião Jesus, Nossa Senhora e São José abençoando a multidão.

Depois daquele ano, Fátima nunca mais foi a mesma.

As comemorações do Dia de Nossa Senhora de Fátima

A programação vem incluindo concertos, colóquios e peregrinações ao longo do ano inteiro (a programação completa está no site).

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O bate e volta desde Lisboa, já muito comum entre os visitantes, é o modo de usar mais recomendado durante as celebrações.

A empresa de ônibus Rede Expressos faz o trajeto em 1 hora e meia desde a capital. Considere também dormir em Coimbra, que está a 85 quilômetros de Fátima.

O santuário é composto de uma grande esplanada com o dobro do tamanho da Praça do Vaticano e está delimitado por duas grandes basílicas.

Mas o lugar onde ocorrem as maiores manifestações de fé é na pequena Capelinha das Aparições, onde Nossa Senhora teria surgido cinco vezes para os pastorinhos junto a uma azinheira, árvore comum na região.

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Próxima à Capelinha, a Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em estilo neobarroco, reabriu em fevereiro de 2016 após um ano e meio de reformas, o que fez duplicar sua capacidade.

Na outra extremidade, a monumental Basílica da Santíssima Trindade, com a porta de bronze de 8 metros de altura que antecede o salão principal, pode abrigar até 8 633 pessoas sentadas durante as celebrações. O estilo modernista e o formato circular impressionam. Na face dianteira do altar existe um fragmento de mármore do túmulo do apóstolo Pedro.

Os dias 12 e 13 entre os meses de maio e outubro costumam, como se diz por lá, “rebentar pelas costuras” de tanta gente. São também as datas que concentram as celebrações mais comoventes, principalmente a Procissão das Velas, na noite do dia 12, e a do Adeus, no dia 13 pela manhã.

Um pulo à aldeia de Aljustrel, a 3 quilômetros do santuário, é a chance de visitar as casas humildes onde nasceram e viveram os pequenos pastorinhos. Se você não quiser peregrinar, um trenzinho sai do santuário e vai até lá.

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Mas nunca é demais lembrar que estamos em Portugal e até o mais devoto dos fiéis professa sua fé diante de um prato de bacalhau. Nesse quesito, os restaurantes Tia Alice, O Crispim e Lanterna do Fado conseguem fazer até mesmo ateus comerem de joelhos. E para quem busca hospedagem, vale reservar um quarto no charmoso Luz Houses, que honra muito bem a hospitalidade lusitana e está há anos-luz de qualquer voto de pobreza.

Ana Maria Braga conta como foi visitar Fátima

“Fui a Fátima pela primeira vez logo que terminei meu tratamento contra o câncer. Desci de joelhos a esplanada do santuário para agradecer pela cura e toda a força que Nossa Senhora me deu durante o tratamento. Estabeleci uma relação de muita crença e fé com o lugar e por isso volto anualmente; estive lá mais de dez vezes. Meus lugares favoritos são as Basílicas, a Capelinha das Aparições e a Capela do Silêncio.”

– Ana Maria Braga, apresentadora

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