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Turistas pagarão taxa salgada para passar o dia em Veneza

Medida visa reduzir o número de visitantes que não dormem na cidade e que totalizam 24 milhões a cada ano

Por Giovanna Simonetti
Atualizado em 18 fev 2020, 18h01 - Publicado em 8 jan 2019, 19h11

O prefeito de Veneza anunciou que pretende instituir uma tarifa para os turistas que não pernoitarem na cidade. O comunicado foi feito em 30 de dezembro de 2018 na sua conta do Twitter. A taxa deverá variar de acordo com a temporada e deve oscilar entre €2,50 na baixa e €10 na alta. O pagamento do ingresso será obrigatório para todos que ficarem menos de 24h na cidade, como é o caso de cruzeiristas e passageiros de ônibus de excursão. As empresas de transporte deverão cobrar uma sobretaxa em seus bilhetes com destino à cidade.

A justificativa da tarifa é reduzir o número de turistas de um dia, que em um ano podem chegar a 24 milhões de pessoas. Segundo a prefeitura, turistas que não dormem na cidade não incentivam o mercado hoteleiro, mas contribuem com aglomerações, tumultos e acúmulo de lixo. 

No Twitter, o prefeito Luigi Brugnaro afirmou que a arrecadação – que poderá chegar a € 50 milhões anuais – será revertida para a cidade e seus moradores. O tributo para o controle de multidões deverá ser revertido em limpeza urbana e otimização de infraestrutura.

Ainda não foi anunciado quando a nova taxa será posta em prática. No momento, continua em vigor a taxa de hospedagem que vai de €1 a €5, de acordo com a categoria do hotel, cobrada a cada noite.

Guerra ao turismo?

Essa não é a primeira medida adotada por Veneza e pela Itália para regular o fluxo humano em suas cidades mundialmente famosas. Em setembro de 2018, o prefeito da cidade dos canais instituiu uma multa de €50 a €500 para quem sentasse em locais ditos não apropriados. A intenção foi expandir a proibição que já ocorre na Praça San Marcos e na Ponte Rialto, onde os turistas não podem sentar fora dos bancos públicos.

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No mesmo mês, Florença instituiu multa de até € 500 aos que forem pegos comendo junto à fachadas, portas e escadas de estabelecimentos no centro histórico.

Outros países também estão articulando projetos para reduzir o turismo em massa e garantir melhor qualidade de vida para seus residentes. Recentemente, Amsterdã removeu a famosa escultura “I Amsterdam” com o intuito de diminuir a multidão ao seu redor.

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