Quero ver a aurora boreal, mas estou em dúvida quanto ao destino. Levando em conta também estrutura turística e atrações, onde é melhor, Noruega, Canadá ou Finlândia?
— Vanessa Almeida, Niterói, RJ
O consultor convidado é o carioca Daniel Japor, que presenciou a dança das luzes, resultado do encontro entre partículas de vento solar e a atmosfera terrestre, mais de 50 vezes. Há seis anos ele guia grupos de brasileiros para ver também. “A Noruega é um dos destinos mais completos para apreciar o fenômeno – e ir além. A cidade de Tromsø e a Ilha de Svalbard têm pouca nebulosidade e um número maior de dias abertos se comparadas ao Canadá e à Lapônia finlandesa. Ao contrário da Lapônia, toda a região ártica da Noruega é habitada e pontuada por povoados com infraestrutura hoteleira, restaurantes e casinhas coloridas. Entre uma aurora e outra, os turistas podem fazer caminhadas, esquiar e passear de trenó. Outra vantagem: as temperaturas ali caem a ‘apenas’ 20 graus negativos, enquanto no Canadá pode chegar a 40 negativos. Entre outubro e março, a melhor época, o fenômeno fica mais intenso e a chance de avistá- lo é praticamente de 100%. mas, devido à nebulosidade e a outros fatores climáticos, recomendo viagens que durem entre quatro e sete dias como garantia.” Tromsø está a aproximadamente duas horas de voo da capital da Noruega, Oslo, que tem voos diretos pela Norwegian (norwegian.com). Japor tem cinco viagens marcadas entre janeiro e maio. O roteiro de 11 noites sai por US$ 5 000; informe-se pelo site geotrip.com.br.
Em janeiro estou planejando conhecer Santarém e Belém, no Pará. O que vale a pena visitar?
— Juliana Novaes, Palmas, TO
Fábio Peixoto, editor do guia Quatro Rodas, acaba de chegar de lá e tem as dicas. “Juliana, em Belém é provável que você seja seduzida pelo artesanato e pelos doces e temperos vendidos em locais como o mercado Ver-o-Peso. Para não passar boa parte da viagem carregando malas cheias de compras, indico começar por Santarém. A cidade não reúne muitas atrações, mas a 40 quilômetros dali fica o distrito de Alter do Chão, na beira do Rio Tapajós. Você vai na época certa: de agosto a fevereiro o rio baixa e se formam praias fluviais de águas esverdeadas. Uma vez em Belém, preste atenção nas belas construções do fim do século 19, auge do ciclo da borracha, como o Theatro da Paz. Conheça também a fauna e a flora amazônicas em espaços como o Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi (museu-goeldi.br), o Mangal das Garças (mangalpa.com.br) e o Bosque Rodrigues Alves, no bairro marco, um gigantesco quarteirão de floresta no meio da cidade. Para provar o melhor da comida paraense, recomendo os restaurantes Remanso do Peixe, Remanso do Bosque (restauranteremanso. com.br) e Lá em Casa (laemcasa.com). E não saia de Belém sem experimentar o clássico Tacacá da Dona Maria do Carmo (91/9142-0433), no bairro de Nazaré.”
Theatro da Paz, Belém, Pará
O secular Theatro da Paz, visita imperdível em Belém (PA) – Foto: Marcelo Soares
Vou para o Oriente Médio, mas tenho dúvidas sobre a melhor maneira de descarregar fotos e vídeos: computadores dos hotéis, lan houses ou notebook?
— Helga Venancio, Varginha, MG
Fotógrafo há mais de duas décadas, Marcos Kim (marcoskim.com.br), de São Paulo, tem as respostas, cada uma com seus prós e seus contras. “O notebook permite que você edite as fotos e compartilhe-as durante a viagem. Se preferir algo mais leve, sugiro um HD externo de 500 GB. A desvantagem é que você fica refém dos computadores dos hotéis (que podem ser antigos e lentos) ou de lan houses, e isso pode roubar o seu tempo. O Portable Data storage seria uma alternativa. Ele parece com um HD portátil, mas tem entrada para cartão de memória e dispensa computadores. Não é fácil achá-lo no Brasil, mas você pode encomendá-lo na B&H (bhphotovideo.com). A opção mais em conta é levar cartões de memória extras e esperar para descarregá-los ao voltar. Em um cartão de 8 GB cabem cerca de 4 500 fotos com boa resolução.”
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