VT Responde – VT 195

Os melhores pontos na estrada entre Brisbane e Sydney. Dicas de economia para quem viaja sozinho. Pousadas muito românticas no Nordeste.

Por Fabrício Brasiliense (edição)
Atualizado em 2 jul 2021, 16h21 - Publicado em 6 jan 2012, 11h18

Vou estudar em Sydney, mas pensei em chegar por Brisbane e ir de carro até lá. Quais paradas no caminho vocês sugerem?— Marcelo Silva, Itajaí, SC

A colaboradora da VT Flávia soares Julius, que vive na Austrália há sete anos e já fez o trajeto Brisbane−Sydney muitas vezes, vai te ajudar. “Em linha reta são aproximadamente mil quilômetros e uma semana é o tempo perfeito para curtir. É possível ir pelo interior, mas o percurso de que eu mais gosto é pela Pacific Highway, que vai beirando o mar. Saindo de Brisbane, é inevitável conhecer a Gold Coast. A região recebe muitos turistas, gente solteira em busca de praias, surfe e baladas, e também muitas famílias que adoram os parques temáticos, como o Sea World (www.seaworld.com.au) e o Wetn Wild (www.wetnwild.com.au). Dali são 100 quilômetros até chegar  à famosa Byron Bay, que já foi essencialmente hippie, mas hoje caiu no gosto de muita gente. Não deixe de caminhar até o farol, o ponto mais a leste do país. Vinte minutos ao sul, em Lennox Head, as vistas são estupendas e, novamente ali, estão muitos surfistas. No trecho que vai de Ballina até grafton, cerca de 133 quilômetros, você se afastará um pouco do Pacífico, mas em compensação passará por uma sequência de parques nacionais. Antes de chegar a Grafton, dê uma desviada da Pacific Highway e siga as placas para Yamba e Angourie, dois pitorescos vilarejos de pesca. Na sequência estão Coffs Harbour e Port Macquarie, dois balneários populares que estão separados por mais de 150 quilômetros de praias e florestas. Quando cansar de praia, busque os lagos e as florestas do Myall Lakes National Park, mas não deixe de conferir, mais ao sul, a bela baía de Port Stephens. Dali você pode rumar para Newcastle, cidade portuária à beiramar de 500 mil habitantes com vida noturna animada. O hostel Newcastle Beach (www.yha.com.au) fica perto de tudo o que interessa. Chegando a Sydney, acredito que você terá a sensação de que conheceu o jeitão australiano de pegar praia.”

Quero viajar sozinha, mas em muitos pacotes o preço para uma ou duas pessoas é quase o mesmo. Viajar só é sempre caro? — Cláudia Cianetti, São Paulo, SP

Quem responde é Mari Campos, colaboradora da VT e autora do livro Sozinha Mundo Afora. “Viajar sozinha sai um pouco mais caro porque você não tem com quem rachar o quarto, o táxi, uma refeição, mas, sim, é possível economizar. Sugiro que você negocie o valor das diárias diretamente com os hotéis (quando não tem quartos single, a maioria dá desconto no quarto duplo). Sites de reservas, como www.hoteis.com e www.booking.com, costumam cobrar 30% menos por uma pessoa em quarto duplo. Para ir do aeroporto ao hotel, evite os táxis e aposte nos serviços de shuttle, que cobram por pessoa. E que tal considerar um cruzeiro? Há navios que possuem cabines single, como os da armadora Costa (www.costacruzeiros.com), mas em geral são poucas. A grande exceção é o Norwegian Epic, da NCL (www.ncl.com), que tem 128 cabines single e até março fará roteiros pelo Caribe, saindo de Miami.”

Quero passar uma semana no Nordeste com minha namorada. Queremos privacidade e sem ficar naquela correria de pular de praia em praia. — Claudio Fadini, Goiânia, GO

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O repórter Eduardo Merli, que já avaliou centenas de hotéis para o Guia Brasil, tem as sugestões. “Na Etnia Clube de Mar (www.etniaclubedemar.com.br), em Trancoso, eleita a pousada do ano pelo Guia Brasil 2012, o que pega é a exclusividade. São apenas cinco casas, todas com dois andares, decoradas com móveis de demolição. Basta abrir a janela para ver a linda Praia do Rio Verde. Ao sul de Ilhéus, no município de Una, o atendimento que recebi na Fazenda da Lagoa (www.fazendadalagoa.com.br) foi memorável. O bangalô, espaçoso e confortável, era arrumado duas vezes ao dia. No papo com o barman, soltei que gostava de bacalhau e o chef preparou um prato com o peixe horas depois. Tudo muito espontâneo, sem afetação.”

Leia mais:

Janeiro de 2012 – Edição 195

 

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