Big Ben: símbolo de Londres é muito mais que uma torre do relógio

Saiba mais sobre a história desse ícone britânico – e como visitá-lo por dentro

Por Maurício Brum
31 dez 2024, 20h00
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O Big Ben e um double-decker vermelho. Difícil ser mais tipicamente londrino (Aron Van de Pol/Unsplash)
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Provavelmente não há imagem mais clássica para representar Londres do que uma foto de um ônibus vermelho de dois andares com o Big Ben aparecendo junto. O mais icônico cartão-postal da capital inglesa é um ponto inescapável para quem visita a cidade, nem que seja para vê-lo de fora. Mas, convertido em parte da paisagem, às vezes até é fácil ignorar a história do monumento.

Com 165 anos de história, o Big Ben não é exatamente uma estrutura isolada, mas a torre do relógio do Palácio de Westminster – sede do Parlamento britânico. Claro que, com o passar dos anos, seu impacto visual se tornou muito mais importante para simbolizar o país do que qualquer exibição de horário.

Intimamente relacionada com a vida política e cultural do Reino Unido, a torre também pode ser visitada por dentro, desde que você tenha fôlego para escalar centenas de degraus.

Qual a história por trás do Big Ben?

Apesar de ser um lugar tão famoso, alguns mistérios persistem: o próprio nome é alvo de grande debate até hoje. Big Ben é na verdade um apelido dado ao sino da torre, e não se sabe com certeza a origem. A versão mais aceita é que seria uma homenagem a um certo Sir Benjamin Hall, o responsável pelas obras públicas na época em que o sino foi colocado no local. “Ben” seria uma referência a Benjamin, e o “big” se referiria à grandeza da empreitada. Com o tempo, o apelido acabou pegando para o relógio e para a torre, sendo usado de forma intercambiável.

Oficialmente, porém, a estrutura tem outro nome que pouca gente usa: Elizabeth Tower. A denominação faz referência à Rainha Elizabeth II (1926-2022) e só foi adotada em 2012, em meio às comemorações do Jubileu de Diamante da monarca, quando ela completou 60 anos de coroação. Antes disso, o nome oficial do Big Ben era simplesmente Clock Tower – literalmente… Torre do Relógio.

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Ao todo, são 96 metros de altura (Kate Krivanec/Unsplash)

O Big Ben parece muito mais antigo, e muitos visitantes acabam se surpreendendo ao descobrir que a famosa torre sequer tem 200 anos de história. A obra foi concluída em 1859 e, se a arquitetura parece anterior a isso, é de propósito: tanto a torre quanto a atual versão de Westminster foram construídas seguindo os preceitos do estilo neogótico – que buscava incorporar elementos medievais a trabalhos relativamente recentes. As obras se tornaram necessárias após a destruição do Westminster original, que existia desde o século 11, em um grande incêndio ocorrido em 1834.

A torre do relógio tem 96 metros de altura e, na época de sua conclusão, ficou bem perto de ser a estrutura mais alta de Londres – mas nunca chegou a superar a St Paul’s Cathedral, que com seus 111 metros permaneceu como o maior prédio da capital inglesa entre 1710 e 1963. Para chegar ao campanário do Big Ben, é preciso subir 334 degraus.

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Como subir no Big Ben?

Por ser parte do prédio do Parlamento, o Big Ben só pode ser visitado por dentro com agendamento prévio. A próxima leva de ingressos, para datas até março de 2025, será disponibilizada em 11 de dezembro neste site. Os bilhetes custam £ 30 para adultos e £ 15 para adolescentes de 11 a 17 anos. Crianças de menos de 11 anos não são permitidas.

Os tours são oferecidos apenas em inglês, acontecem de segunda-feira a sábado, e exigem aptidão para subir os 334 degraus da torre. Ao todo, a visita dura 1h45.

Não é permitido fotografar o interior do Big Ben e os visitantes devem deixar seus objetos em um guarda-volumes, além de passar por uma fiscalização de segurança com máquinas de raio-X. Também é preciso atenção aos avisos após comprar os tickets: os tours podem ser cancelados com pouca antecedência em função de eventos oficiais em Westminster.

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