Chile volta a fazer testes de Covid-19 aleatórios na chegada
Caso o viajante obtenha resultado positivo ou se negue a fazer o exame, deverá ficar cinco dias em isolamento
O Chile voltou a selecionar aleatoriamente passageiros para fazer testes de Covid-19 na chegada ao Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez, em Santiago, e ao Paso Internacional Los Libertadores, fronteira terrestre com a Argentina. A medida, que tinha sido abandonada em outubro de 2022, voltou a ser colocada em prática em janeiro de 2023. Caso o viajante obtenha um resultado positivo ou se negue a fazer o exame, ele deverá realizar uma quarentena obrigatória de cinco dias. A informação foi atualizada no site do Turismo do Chile em 18 de janeiro.
Lembrando que, para viajar ao país, os maiores de 18 anos continuam tendo que apresentar comprovante de vacinação completa ou resultado negativo para um teste RT-PCR realizado 48 horas antes da partida. Já não é mais necessário preencher a Declaração Jurada do Viajante (C19) ou obter um Passe de Mobilidade, dois itens que foram descontinuados em outubro. O uso de máscara, por sua vez, é obrigatório somente em estabelecimentos de saúde. Veja as informações atualizadas aqui.
Resultado não pode ser contestado
Caso o viajante obtenha resultado positivo para o teste realizado na chegada ao Chile, as autoridades de saúde do país são notificadas e não há como contestar o resultado. Foi o que aconteceu com o brasileiro Rafael de Sant’Anna em julho de 2022. Na época, ele foi orientado a cumprir sete dias de isolamento. Apesar de não terem sido selecionados para a testagem aleatória, os pais de Rafael também tiveram que fazer quarentena por estarem viajando junto com ele. O descumprimento das regras implicaria em uma multa equivalente a R$ 72 mil ou até em uma pena de cinco anos de prisão.
Como Rafael estava sem qualquer sintoma associado à Covid-19, decidiu fazer outro RT-PCR em uma clínica particular e certificada pelo Ministério de Saúde do Chile. O resultado deu negativo, mas ele não teve direito de contestar o diagnóstico positivo obtido no aeroporto e foi obrigado a permanecer em isolamento. “Falei com as Secretarías Regionales Ministeriales de Salud (SEREMI) e me informaram que não adianta apresentar o resultado de outros testes porque apenas o do aeroporto vale. Perguntei se poderia voltar ao aeroporto para fazer um novo teste lá, mas a resposta também foi negativa. Ou seja, o turista fica refém do resultado do resultado do primeiro teste, sem direito a contraprova”, relatou Rafael. A família conseguiu cancelar quase todos os passeios, mas ficou no prejuízo pelos gastos com as passagens aéreas, hospedagem e alimentação de uma viagem que não aproveitaram.