Quando Claude Monet mudou-se para Giverny, no final do século 19, a propriedade em que está a sua casa não se parecia em nada com o que é hoje. Originalmente, tinha apenas um pomar e alguns canteiros de flores. Foi o próprio pintor quem se encarregou de organizar todo o jardim do terreno, desviar um curso d’água para formar seu próprio lago e decorá-lo à moda oriental. Hoje, a Casa e os Jardins de Monet compõem um passeio que encanta milhares de turistas por ano, repleto de cenários interessantes para fotografar e ter um dia agradabilíssimo nos arredores de Paris.
Para chegar em Giverny a partir de Paris existem várias opções de transporte. Alugando um carro, a viagem dura pouco mais de uma hora nas rodovias A13 e A14, sem contar as paradas de pedágio. O jeito mais descomplicado é de trem, a saída é da estação Paris Saint-Lazare (8º arrondissement) com destino a Vernon-Giverny – a viagem leva cerca de 1h, compre a passagem pelo site Trainline.
De Vernon até a casa de Monet são 7 quilômetros que podem ser feitos a pé (siga as palacas “Musées de Giverny – piétons et cyclistes”), de bicicleta (aluguel na saída estação a partir de 10 euros), de ônibus (que é o modo mais prático, cerca de 10 minutos) ou por um pequeno trem turístico, o Petit Train, que leva 20 minutos e passa por locais como a igreja Collégiale Notre-Dame, o Chateau de Tourelle e o velho moinho de Vernon – o caminho e os prédios históricos na cidade transportam os viajantes diretamente para os cenários da vida de Monet. Chegando à propriedade do pintor, é recomendado já ter comprado os ingressos antecipadamente para evitar as longas filas de entrada.
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Na casa de Monet, destaque não vai para as pinturas
A maioria das pinturas que decoram a casa são cópias cujos originais podem ser vistos nos principais museus da região e da cidade de Paris – o maior acervo de originais do pintor se encontra no Museu Marmottan Monet, na capital da França, que concentra centenas de doações feitas pelo filho do impressionista, em 1966.
Por isso, o ponto forte desse passeio está no apelo aos sentidos nos inigualáveis jardins. Divididos em duas partes, a primeira está logo em frente à casa, com muitas espécies de flores plantadas em grupo.
A organização do jardim não segue nenhuma regra botânica e foi feita a partir da imaginação de Monet. Assim, as plantações de flores variam por estação: no verão, incluem rosas e girassois, no outono, dálias e margaridas. A administração do local controla o acesso às vielas de forma que o fluxo de pessoas não atrapalhe a vista e as fotografias.
Jardim aquático revela trajetória de Monet
Após a compra de dois terrenos para aumentar a propriedade, Monet finalizou a construção do lago que marca algumas das suas obras mais importantes. A ideia de um jardim aquático nasceu a partir de suas experiências de pintura nas águas de canais holandeses e franceses, quando pôde captar reflexos invertidos das flores típicas de cada lugar.
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O jardim com temática japonesa também não é mera coincidência. O “japonismo” de pinturas e gravuras inspirou os principais artistas do impressionismo europeu. Para reproduzir o toque oriental, Monet escolheu plantas típicas como o ginkgo biloba, peônias japonesas, lírios e chorões para adornar o lago.
As plantas mais famosas deste jardim são as ninfeias – ou nenúfares –, recorrentes nas pinturas de Claude Monet e encomendados do centenário viveiro Latour-Marliac. Para ver as ninfeias em flor, o período ideal de visita é durante o verão francês, entre julho e agosto.
Como visitar os jardins de Monet?
A visita aos jardins tem duração aproximada de 2h. Evite levar bagagens, pois o museu não permite a entrada de malas grandes e não possui local para armazenamento. Por motivos de segurança, os visitantes são revistados na entrada.
Os jardins ficam abertos de março a novembro e os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo site da Fundação Claude Monet. O valor das entradas varia entre € 11 para adultos e € 6,50 para estudantes e crianças. Menores de 7 anos não pagam. O ingresso também possui uma taxa de transação de € 1,45.