The Frick Collection reabre em Nova York com exposição de Vermeer
Reinauguração do palacete na Quinta Avenida inclui ainda quartos originais da família Frick, que serão abertos ao público pela primeira vez

Depois de anos de reforma e aprimoramento do casarão na Quinta Avenida, em Nova York, a Frick Collection anunciou a data de reabertura ao público: 17 de abril. O museu com obras de Vermeer, Rembrandt e Holbein passou pela maior restauração de sua história desde a inauguração, em 1935.
As obras expandiram as áreas de exposição e programação, incluindo novas galerias para mostras especiais, salas para projetos educativos e um auditório com 220 lugares. As galerias históricas do primeiro andar foram restauradas e um conjunto de salas no segundo piso da casa original da família Frick foi criado.
A área, ornamentada com murais no teto, lareiras de mármore e elaborados trabalhos de madeira entalhada – e que ficava “escondida” do público, porque servia como sala de reunião interna e escritório administrativo – voltou à vida, e agora reunirá pinturas, esculturas e objetos decorativos, juntamente com obras raramente exibidas e adquiridas recentemente.
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O projeto também incluiu a restauração do 70th Street Garden, agora visível de vários pontos em todo o edifício. A Frick Art Research Library e suas salas de leitura renovadas serão reabertas simultaneamente com o museu.
A programação de abertura inclui uma mostra que traz as realistas flores de porcelana do escultor ucraniano Vladimir Kanevsky, encomendadas pelo complexo para homenagear os famosos arranjos florais feitos para a abertura da Frick em 1935. Já no final de abril, o espaço abrirá o Stephen A. Schwarzman Auditorium para um festival de música.
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Confira abaixo outros destaques da temporada inaugural da Frick:
Mostra de Vermeer inaugura as novas galerias de exposições
Três obras do pintor holandês Johannes Vermeer (1632-1675) serão expostas de 18 de junho a 7 de setembro de 2025. A instalação combina as pinturas Senhora e Criada, pertencente ao Frick, com os empréstimos de Carta de Amor, do Rijksmuseum, e Mulher Escrevendo uma Carta com sua Criada, da National Gallery da Irlanda.
A apresentação dessas obras em uma única galeria é a oportunidade de observar o tratamento dado por Vermeer ao tema das cartas e sua representação de mulheres de diferentes classes sociais. A exposição tem curadoria de Robert Fucci, estudioso da arte holandesa da Universidade de Amsterdã e autor de um catálogo focado nas três obras e em seus temas mais amplos na arte holandesa do século 17.
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Segundo andar do museu será aberto ao público pela primeira vez
O segundo andar terá exposições inspiradas nos interesses pessoais dos colecionadores da família Frick. Isso inclui uma seleção de pinturas de retratos dispostas no quarto original de Henry Clay Frick; painéis renascentistas no quarto de Helen, filha do fundador; e pinturas impressionistas.
Também entram em exibição coleções importantes que mais recentemente passaram a integrar o acervo do museu. Alguns desses objetos não foram exibidos de forma regular anteriormente, mas representam as coleções mais significativas de seu tipo, incluindo faianças (tipo de cerâmica branca, porosa e esmaltada) francesas, porcelanas vienenses Du Paquier e a primeira exibição permanente da coleção de relógios da Frick.
Exposição rara de desenhos
Uma exposição de 12 obras em papel pertencentes à coleção Frick marcará a nova Cabinet Gallery, no primeiro andar do museu. Raramente exibidas devido à sua sensibilidade à luz, esses itens variam de esboços a desenhos altamente acabados de Degas, Goya, Ingres, Rubens e Whistler, entre outros, cobrindo do século 15 ao 19. As obras ficam em cartaz até o verão do Hemisfério Norte, entre junho e agosto.
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