Turquia: conheça as piscinas onde Cleópatra se banhava, em Pamukkale
Águas termais e relíquias arqueológicas estão reunidos em um dos principais destinos turísticos do país

Pamukkale, a aproximadamente 600 km ao sul de Istambul, preserva estruturas naturais impressionantes, apreciadas desde os tempos da Grécia Antiga. Ali foi erguida uma das cidades sagradas dos gregos, Hierópolis, muito frequentada graças ao seu “spa natural” feito de rochedos esbranquiçados e águas límpidas.
O local foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco e continua atraindo um grande número de turistas (grande até demais, vale ressaltar). Nas proximidades, outros lugares históricos também valem a pena ser visitados.
Fenômeno natural: as piscinas de travertino em Pamukkale
Centenas de anos atrás, foi no alto das nascentes nas montanhas onde os primeiros assentamentos gregos decidiram se instalar. Dessas nascentes brotaram água rica em cálcio que, ao evaporar, depositam sedimentos brancos.
A passagem do tempo e a acumulação desse processo resultaram no cenário encantador que se vê em Pamukkale, com rochedos brancos de travertino cobertos de água morna e cristalina – o nome pamukkale significa ‘castelo de algodão’.
Essa estrutura natural possibilitou a construção da cidade greco-romana de Hierápolis e de um extenso complexo de banhos junto a outras estruturas cujas ruínas permanecem lá até hoje. Logo acima dessas piscinas de travertino branco, uma moderna estrutura de spa conserva a área de uma piscina natural onde a própria Cleópatra teria se banhado, segundo gostam de contar os locais.
Um mergulho na história de Hierápolis
Nas proximidades das águas termais, a herança histórica dessa região turca que passou por diferentes ocupações ao longo do tempo é um dos grandes atrativos de Pamukkale.

O Museu Arqueológico de Hierápolis, por exemplo, reúne uma coleção de antigas estruturas de banho romano, ginásio e biblioteca. No museu estão expostos artefatos obtidos nas escavações realizadas na cidade, como relevos de lutas de gladiadores e sarcófagos romanos. No chamado “Salão de Pequenas Obras”, objetos menores escavados desde os anos 1950 revelam a presença humana na região ao longo dos períodos frígio, helenístico, romano e bizantino.
Como explorar Pamukkale
Trata-se de um área histórica enorme, caminha-se muito, no verão é escaldante (quase não há sombra) e pode ser explorado de diversas formas. Uma dica é chegar por volta das 8h, começar pelas piscinas de travertino (que começam a encher a partir das 10h), depois as ruínas de Hierápolis e finalizar na piscina de Cleópatra. Outra possibilidade é chegar para o fim de tarde, aguardar as multidões irem embora e, se houver, aproveitar um pôr do sol. O ingresso custa 30 euros.
Como chegar em Pamukkale?
O Aeroporto de Cardak é o mais próximo de Pamukkale, situado na cidade vizinha de Denizli, o ponto de partida ideal. Também é nesta cidade onde fica a estação de trem mais próxima, com linhas que se conectam a Istambul e Izmir.
Não há rodoviária em nenhuma das duas localidades, mas alguns ônibus de linha partem de Denizli até uma parada em Pamukkale. O ideal é ir até a estação central de ônibus de Otogar e pegar o minibus dolmus até lá. Se preferir, o trajeto de táxi é rápido e curto, mas precisa ser negociado.