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Nova Zelândia

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 8 dez 2016, 13h16 - Publicado em 27 set 2011, 12h02

Longe de tudo, do outro lado do mundo, a Nova Zelândia vale cada segundo da longa, longuíssima viagem de avião. Dividido em duas grandes ilhas principais, o país reúne uma quantidade de paisagens e atrações impressionantes para o seu tamanho compacto. Na Ilha Norte, onde vivem três quartos da população, os verões são relativamente quentes e há praias perfeitas (como as da Península de Coromandel) tanto para os surfistas quanto para quem quer simplesmente se dourar ao sol. Mas os seus principais trunfos escondem-se no interior: vulcões ativos, gêiseres, lagos multicoloridos e outras formações geológicas inusitadas formam cenários que parecem de outro mundo (não à toa, alguns deles, como o Monte Tongariro, serviram de pano de fundo para a trilogia O Senhor dos Anéis). Já na esparsamente povoada Ilha Sul, uma terra de invernos gélidos e verões amenos, as atrações são os picos nevados, os gigantescos glaciares, a costa povoada por focas e baleias e alguns dos fiordes mais belos do planeta – Milford Sound, Doubtful Sound, entre outros. Somem-se a esses recursos naturais vinhos esplêndidos, cidades vibrantes como Auckland e Christchurch, gente amável e uma infraestrutura exemplar de turismo sustentável, e eis um dos destinos mais completos e sedutores da face da Terra.

O que também torna a Nova Zelândia tão atraente para jovens e amantes da natureza são as excelentes opções de esportes de aventura, principalmente próximos a Queenstown. Lembre-se que alguns dos maiores exploradores polares e Edmund Hillary, um dos primeiros homens a escalar o monte Everest, são neozelandeses. Aqui também se veleja – e muito, mas a paixão nacional é mesmo o rúgbi e sua seleção, os poderosos All Blacks. A mistura desse esporte britânico com o seu grito de guerra maori, o haka, é a perfeita imagem de um país vigoroso, que respeita suas origens nativas e busca o progresso em comum.

A Nova Zelândia é famosa por…

O pássaro kiwi, o bungee jump de Queenstown, a seleção de rúgbi All Blacks, as locações da série O Senhor dos Anéis e a cultura maori.

COMO CHEGAR

A Aerolineas Argentinas (0800-70733313, www.aerolineas.com.ar) tem voos partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre com conexão em Buenos Aires. Para desembarque em Auckland, as tarifas começam em US$ 1.499. Pela LAN  (11/2121-9010, www.lan.com), os voos saem de São Paulo e fazem conexão em Santiago, no Chile e escala em Auckland, para depois seguir para Sydney, na Austrália – quem fica em Aukcland paga tarifas a partir de US$ 1.833.

COMO CIRCULAR

A Nova Zelândia é ideal para viagens de carro. As estradas estão em boas condições e, apesar de os “kiwis”, como são chamados os locais, dirigirem na mão-inglesa, os carros são automáticos e isso não chega a representar problema, desde que o motorista tenha um pouco de habilidade. Além das locadoras multinacionais como Hertz (www.hertz.com) e Avis (www.avis.com), A Nova Zelândia tem empresas de baixo custo, como a Ace Scotties (acerentalcars.co.nz) e a Scotties (www.scotties.co.nz). Essas companhias, menos conhecidas, geralmente têm agências um pouco afastadas dos aeroportos e estações, mas levam o carro até você sem custo extra.

O trem é uma ótima opção para deslocar-se dentro do país – os comboios panorâmicos atravessam regiões lindíssimas. As linhas férreas interessantes são da Tranz Scenic (www.tranzscenic.co.nz). Como as distâncias são gigantescas, muitas vezes o avião é o melhor meio de transporte, principalmente para quem tem pouco tempo. As opções são: Air New Zealand (www.airnewzealand.com) e a Jetsar (www.jetsar.com), que opera voos de baixo custo.

Outra maneira de conhecer o país são os ônibus para mochileiros. Eles passam por todos os pontos de interesse e os passageiros podem subir ou descer em qualquer parada. O serviço mais famoso é o Kiwi Experience (www.kiwiexperience.com), mas é o tipo de opção contraindicada para quem quer sossego. O Naked Bus (www.nakedbus.com) é uma companhia de transporte econômico (em vans e ônibus) que interliga o país e vende passagens só por internet. Comprando com antecedência de três semanas, pagam-se só US$ 10 para ir, por exemplo, de Auckland a Rotorua.

SUGESTÃO DE ROTEIROS

Já que veio de tão longe, fique ao menos dez dias por aqui se tem em mente combinar Nova Zelândia e Austrália em uma só viagem. Divida este tempo com três noites em Auckland, uma em Rotorua e o restante aproveitando as atrações de Milford Sound e Queenstown.

Se tem a intenção de passar o tempo todo só por aqui, invista em roteiros rodoviários, bem interessantes, desde que você consiga dirigir na mão inglesa. Alguns ousados gostam de fazer sua jornada em motor homes, aproveitando a excelente infraestrutura de estradas e serviços. Na ilha norte, uma volta clássica de uma dez dias passa por Waitomo Cave, Península Coromandel, Taupo, Napier e Wellington. Na ilha sul, alguns dos destinos favoritos são o Monte Cook, ponto culminante do país, a geleira Fox, o Parque Nacional Abel Tasman e os vinhedos na região de Nelson, que tomam cerca de uma semana.

Algumas agências propõe roteiros por paisagens e locações utilizadas em filmes como a série O Senhor dos Anéis.

GASTRONOMIA

A cozinha neozelandesa é um tanto semelhante à britânica, com muita carne de cordeiro, bons pescados, tortas e muita cerveja. Você encontrará muitos restaurantes de comida chinesa, italiana, japonesa, malaia, indonésia e japonesa, além de lanchonetes que servem hambúrgueres e fish and chips e pizzarias. Enfim, nada de espetacular, mas bem frugal. Não deixe de experimentar alguns rótulos de Sauvignon Blanc, o vinho kiwi por excelência. Nos últimos anos, porém, viticultores têm elaborado sólidas ofertas de tintos, como Merlots e Cabernet Sauvignons.

INTERCÂMBIO e ESTUDOS

Por que tantos brasileiros elegem a Nova Zelândia como seu destino de intercâmbio? Os motivos são variados, mas óbvios. Primeiro é seu inegável apelo como destino de esportes de aventura e atividades ao ar livre. Muitas das mais de 80 escolas do país que oferecem programas de idiomas combinam os cursos com prática de esportes como vela, escalada, trekking e mountain bike. A segunda é o clima: se você quiser aproveitar as férias de verão e não quiser ficar enterrado na neve nos Estados Unidos ou Canadá, este é o lugar. Terceiro, os cursos por aqui são um tanto mais baratos que em países como Austrália e Reino Unido. E, finalmente, os kiwis não exigem visto para cursos de menos de três meses. Mas, atenção, na chegada é preciso apresentar passagem de ida e volta, comprovante de renda e passaporte válido. Lembre-se que universidades exigem certificados de proficiência como Ielts, Toefl e Cae.

O país ganhou reputação de receber estudantes de boa parte do mundo por todos estes atributos. Espere então encontrar muitos estudantes da Ásia Oriental, principalmente chineses, coreanos e japoneses. Latinos normalmente são chilenos e argentinos.

Para maiores informações sobre programas educacionais cheque o site da Study in New Zealand (www.newzealandeducated.com).

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