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Faça um tour por Bonito e Pantanal até a Chapada dos Guimarães

Esportes de aventura, pesca e a natureza em estado bruto marcam a viagem por uma das regiões mais cênicas do território brasileiro

Por Da Redação
Atualizado em 24 ago 2021, 15h57 - Publicado em 21 set 2011, 13h59

Aqui quem manda é a natureza: basta escolher a época certa e se deliciar observando animais e flutuando em aquários naturais. Confira um roteiro que começa em Bonito, passa pelo Pantanal e termina na Chapada dos Guimarães.

A) Bonito / Jardim (6 dias)

NG - Bonito, MS. Da matéria Cerrado, um drama em silêncio, National Geographic Brasil
Bonito, MS. (Luciano Candisani/Viagem e Turismo)

Quer saber como é a vida dentro de um aquário? Então coloque máscara e snorkel para mergulhar em rios como o Sucuri, em Bonito, e da Prata, na vizinha Jardim. É ótimo deixar o corpo flutuar entre os peixes e ao sabor da correnteza. Referência de turismo ecológico, a cidade conta com grutas, cachoeiras e balneários para amantes de esportes de aventura como rapel, boia-cross e arvorismo.

Na mesma região da flutuação do Rio Sucuri está a Gruta do Lago Azul, famosa pelas águas cristalinas, estalactites e estalagmites. E em Jardim, não deixe de visitar o Buraco das Araras, de 126 metros de profundidade e lar de incontáveis araras.

B) Miranda (2 dias)

Refúgio Ecológico Caiman, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul
Refúgio Ecológico Caiman, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul (Fábio Paschoal/Viagem e Turismo)

Principal polo de ecoturismo do Pantanal Sul, abriga bons hotéis neste segmento, entre eles o pioneiro Refúgio Ecológico Caiman. Um dos passeios clássicos é o safári fotográfico – pela manhã, no fim do dia e à noite – para observar jacarés, tamanduás, tuiuiús, veados…

C) Corumbá (3 dias)

Um toque de leveza sobre o rústico jacaré pantaneiro, na região de Corumbá, Mato Grosso do Sul.
Um toque de leveza sobre o rústico jacaré pantaneiro, na região de Corumbá, Mato Grosso do Sul.Na fronteira com a Bolívia e banhada pelo Rio Paraguai, a maior e mais estruturada cidade do Pantanal permite que se desfrute tanto das observações de animais a partir dos hotéis-fazenda quanto do turismo de pesca com hospedagem em barcos-hotel. O Centro conta com casario bem-cuidado e museus, como o Museu de História do Pantanal.
Pelos 120 km da Estrada-Parque Pantaneira, pode-se ver bichos e cruzar 71 pontes de madeira. É uma maneira prática de conhecer o Pantanal e ver os animais pela estrada. A melhor época para fazer o percurso é na seca, entre julho e setembro – no período de cheia, a estrada vira um rio que pode ser percorrido de barco. (Fagner Almeida/Sua Foto/Reprodução)
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Na fronteira com a Bolívia e banhada pelo Rio Paraguai, a maior e mais estruturada cidade do Pantanal permite que se desfrute tanto das observações de animais a partir dos hotéis-fazenda quanto do turismo de pesca com hospedagem em barcos-hotel. O centro conta com casario bem-cuidado e museus, como o Museu de História do Pantanal.

Pelos 120 km da Estrada-Parque Pantaneira, pode-se ver bichos e cruzar 71 pontes de madeira. É uma maneira prática de conhecer o Pantanal e ver os animais pela estrada. A melhor época para fazer o percurso é na seca, entre julho e setembro – no período de cheia, a estrada vira um rio que pode ser percorrido de barco.

D) Aquidauana (2 dias)

Os alagados do Pantanal Sul na região de Aquidauana
Os alagados do Pantanal Sul na região de Aquidauana (Valdemir Cunha/Viagem e Turismo)

A mesma BR-262 que conecta Corumbá a Miranda e à capital, Campo Grande, também passa pela cidade de Aquidauana. Ela reúne hospedagens para pesca às margens do Rio Miranda e para ecoturismo em duas regiões: Rio Negro e Nhecolândia.

E) Campo Grande (2 dias)

Parque das Nações Indígenas, Campo Grande (MS)
Capivaras, araras e tucanos são companheiros constantes nas caminhadas pelo Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande (MS). (Denílson Secreta/Reprodução)
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Por ter recebido imigrantes da Bolívia, do Paraguai e do Japão, a capital do Mato Grosso do Sul reflete a influência dos forasteiros em sua gastronomia. As áreas verdes da cidade ajudam a aplacar o calor. Não deixe de ir no Parque das Nações Indígenas, área verde urbana que possui uma grande reserva de animais, um ótimo espaço para caminhada em pôr do sol privilegiado. E não perca a oportunidade de comer sobá – prato típico de macarrão trazido por imigrantes japoneses de Okinawa – na Feira Central, que também vende artesanatos, roupas e comidas.

O Mercadão Municipal também vale o passeio e, além de ter ótimos pastéis (é possível comer até pastel de jacaré por lá), possui boxes com os mais diversos produtos regionais: comidas, temperos, ervas – como a erva mate, para tomar o típico tereré – e artesanatos. É um bom lugar para conhecer a cultura local e suas raízes.

F) Cuiabá (2 dias)

Vista aérea de Cuiabá (MT)
Em Cuiabá (MT) é possível fazer um passeio de helicóptero, sobrevoar a Chapada dos Guimarães e parte do Pantanal (Divulgação/Divulgação)

Pela BR-163, são 700 km até a capital do Mato Grosso, ponto de partida para explorar o Pantanal Norte e a Chapada dos Guimarães. Aproveite para conhecer a culinária típica, com fortes raízes pantaneiras e indígenas.  

G) Poconé (3 dias)

Tuiuiús em Poconé, no Mato Grosso
Tuiuiús em Poconé, no Mato Grosso (Sergio Azevedo/Reprodução)
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Aves empoleiradas nas árvores, jacarés, capivaras e, com sorte, até onças-pintadas podem ser avistados nos passeios feitos a partir dessa estratégica base do Pantanal Norte. Além de contar com a boa infraestrutura de hotéis como o Sesc Porto Cercado, marca o início da Transpantaneira, rodovia com 145 km de cascalho e terra batida – e 122 pontes! –, fundamental para entender o Pantanal.            

H) Chapada dos Guimarães (3 dias)

Cachoeira Véu de Noiva, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)
Cartão-postal de Mato Grosso, a Cahoeira Véu de Noiva (86 m) pode ser observada do mirante, a 550 m do estacionamento do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT) (Divulgação/Divulgação)

O Parque Nacional que leva o nome da cidade fica no alto dos paredões de rocha alaranjados, a 69 km de Cuiabá pela MT-251. É uma espécie de parque de diversões para quem curte ecoturismo e apresenta uma variedade de atrações: quedas d’água, mirantes, sítios arqueológicos. E, embora a Véu da Noiva brilhe como cartão-postal, há muitas outras cachoeiras para conhecer, assim como boas trilhas para trekking – com destaque para a o Circuito das Cachoeiras, Vale do Rio Claro e Cidade das Pedras.

A caverna Aroe Jari, com 1 550 m de extensão, é a maior gruta de arenito do país.Também é possível ver araras, periquitos e papagaios e, com sorte, veados, lobos-guará, tucanos e outros animais locais.

PROGRAME-SE

Quando ir: as estradas de terra pantaneiras ficam transitáveis apenas na seca, de abril a setembro. De novembro a fevereiro, época da piracema, a pesca é proibida no Pantanal.

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Restaurantes imperdíveis:

Atrações imperdíveis:

Raio X das estradas: o traçado é reto em boa parte da BR-262, principal acesso para as cidades pantaneiras do Mato Grosso do Sul. A pavimentação da MS-178 criou mais uma rota de acesso a Bonito – o caminho parte de Miranda e passa por Bodoquena. Atenção aos animais que por vezes invadem a pista.

Distância (em km):

Bonito
312 Campo Grande
354 441 Corumbá
995 694 1140 Cuiabá
1098 794 1247 108 Poconé
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