O Duomo é o grande cartão-postal de Florença e sua cúpula foi uma obra considerada impossível até que Brunelleschi encontrou a solução. Na Piazza del Duomo, procure pela estátua do arquiteto sentado com um compasso na mão. O curioso é que seu olhar repousa exatamente sobre a cúpula, sua maior criação.
Ao dar a volta na catedral, é fácil se perder entre as esculturas de santos e anjos. Mas, em frente à Via Ricasoli e Via dei Servi, um detalhe chama atenção: a cabeça de um touro. Para alguns, ela homenageia os bois que transportaram materiais da obra; para outros, foi colocada como provocação a um marido traído.
Poucos passos adiante, na lateral da igreja Santa Maria Maggiore, surge uma escultura intrigante: a cabeça de uma mulher, conhecida como Berta. Para uns, seria uma lembrança a uma benfeitora que doou um sino à igreja; para outros, o resultado de uma maldição que a teria transformado em pedra.
O mercado recebeu o nome de “porquinho”, mas a estátua em sua entrada é de um javali. A tradição manda passar a mão em seu focinho para ter sorte, e depois seguir para dentro, onde um círculo de mármore no chão marca a chamada “pedra da vergonha”, ponto onde devedores eram punidos na Idade Média.
A Piazza della Signoria é um verdadeiro museu a céu aberto. Diante do Palazzo Vecchio, está a réplica do David; ao lado, os leões da Loggia dei Lanzi. E é justamente atrás de um desses leões que se revela um detalhe curioso: o enquadramento perfeito faz parecer que o animal está prestes a morder a cabeça da estátua de David.
Na mesma praça, outro mistério aparece na fachada do Palazzo Vecchio. Ali está o perfil de um homem gravado em pedra, atribuído a Michelangelo. A lenda diz que ele teria feito a marca de costas, com as mãos escondidas, enquanto conversava. Uns acreditam que seja o rosto de alguém que o importunava; outros, de um condenado exposto na praça.
Ao chegar à Piazza di Santa Croce, a primeira impressão é de grandiosidade. Mas parte desse efeito vem de uma ilusão de ótica. O Palazzo dell’Antella, ao lado direito da basílica, tem janelas dispostas de forma desigual: mais próximas à esquerda do que à direita. Esse detalhe faz a fachada parecer maior e amplia a sensação de espaço da praça.