Almoço-degustação no Mercado del Ninot em Barcelona
Dois meses se passaram desde então, a poeira do hype dos primeiros dias baixou
Em maio, quando o Mercado del Ninot foi reinaugurado em versão turbinada, escrevi um post com sentimentos conflitantes a respeito da novidade. O lugar sem dúvidas havia ficado mil vezes mais bonito e confortável. Por outro lado, a evidente “gurmetização” daquilo que sempre foi o mercadão roots da esquina tinha me deixado um pouco irritada. Dois meses se passaram desde então, a poeira do hype dos primeiros dias baixou, a enxurrada de turistas que previ (ainda) não aconteceu e… I AM IN LOVE.
Ainda não tive tempo de testar todos os espaços de degustação (são 14 no total), mas já tenho meu xodó do momento: The Res. O lugar fica num dos cantos do mercado, com meia dúzia de mesas apertadinhas e atendimento simpaticíssimo. O cardápio mistura os itens de um dos açougues mais finos do pedaço, De Cruz Morales (carne é a especialidade número 1 do Ninot), com as delícias de uma delicatessen italiana, Pastalona, que vende massas frescas, queijos etc.
Carnívoros, erguei as mãos aos céus. Eis um forte candidato a melhor steak tartare da cidade. Fresco, soboroso, picante ao gosto do freguês (a garçonete pede que você diga um grau de 0 a 10) e extremamente generoso, para dividir em até quatro pessoas.
Uma das especialidades da casa é o chuletón (chuleta gigante, como o nome sugere): da Galícia, dos Pirineus, da Normandia, de Angus… O preço é insuperável, afinal de contas não há intermediários – é do açougue à mesa.
O “material” da delicatessen Pastalona também é fora de série. Burrata fresquíssima para começar, temperadinha com pesto. E, na sequência, um ravioli de foie gras (um salve à prefeitura de São Paulo!) com azeite trufado.
Produtos garimpados em outras barraquinhas do mercado também pode vir à mesa, como é o caso das zamburiñas (uma espécie de mini vieira) com jamón e os pimientos del padrón fritinhos.
Agora comece a gargalhar: um banquete acompanhado de VÁRIAS cervejinhas geladas dá uma média de € 20 por pessoa (em quatro pessoas, dividindo vários pratinhos).
Dica essencial: o lugar é minúsculo e fica meio impraticável na hora do pico do almoço, mais ou menos das 13h30 às 14h30. Mas, como abre das 9h às 21h (você pode comer chuletón às 9h da manhã se quiser!), é ideal para um almoço tardio, happy hour ou fome fora de hora.
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